LIVRO: Aiyra e o Rio
AUTORA: Thaís Alessandra (@thais.alessandra_)
(literatura afro-indígena e infantojuvenil)
Ilustrações de Priscyla Abreu
Editora: Revista África e Africanidades
PEQUENAS SENSAÇÕES DE CADA CAPÍTULO
SINOPSE DO LIVRO
"Aiyra e o Rio, um conto de narrativa infantojuvenil, destinado a reflexões para a família, inspirado em uma palestra que pude presenciar em 2019, na 14ª CINEOP (Mostra de Cinema de Ouro Preto) que aconteceu na cidade de Ouro Preto/MG, com a temática direcionada à territorialidade e às tradições orais, na qual uma historiadora e mulher indígena relatava que as mulheres indígenas no Brasil, em sua maioria, são afro-indígenas e não possuem somente cabelos lisos como expõem os livros de história, porque a grande maioria das indígenas brasileiras da atualidade têm cabelos crespos e pele preta.
Baseado em uma história de ficção e alguns elementos da realidade, o conto Aiyra e o Rio traz consigo um meio de dar visibilidade aos povos originários. E, além da inspiração mencionada anteriormente, por meio de pesquisas foram utilizados nomes reais para as personagens indígenas, que na narrativa estão localizadas no estado do Amazonas, mas o Rio Uaçá realmente existe e fica situado no norte do estado do Amapá, e a nação indígena Zo'é também existe e fica no norte do Pará. Além disso, os ritos apresentados em cada capítulo de Aiyra e o Rio, foram pesquisados em fontes científicas e aleatoriamente inseridos nessa obra, sem a pretensão de assertividade em relação aos costumes de “Zo’é”, porque a maioria das histórias contadas nessa obra sobre os costumes desses povos são fictícias na intenção apenas de trazer maior visibilidade aos povos originários , demonstrar respeito a essa cultura e no intuito de “acordar o leitor, desde cedo", para a importância dessa causa. Já a Oração ao Espírito do Fogo (Para livrar o Xamã das influências negativas) está disponível em vários sites da internet.
Dividido em dois capítulos: “O Silêncio Barulhento de Uaçá” e “A Maratona do Tempo”, Aiyra e o Rio é contado de forma feminista e decolonial, ou seja, na perspectiva da própria protagonista e personagem afro-indígena Aiyra, que conta a sua própria história e se apropria dela do início ao fim. Se apropria apesar de toda a influência e da tecnologia do “homem branco” que chegou até nós, desde a época dos colonizadores que invadiram o Brasil com a chegada das grandes navegações.
O primeiro capítulo, “O Silêncio Barulhento de Uaçá”, é marcado pela amizade entre a Aiyra e o rio Uaçá, quando ela é ensinada a ouvir o silêncio desse rio pelo seu pai, grande pescador indígena, que disse: “O silêncio é muito barulhento, aprenda a ouvi-lo”. E, a partir daí, sempre que possível, Aiyra pedia ao seu pai para levá-la em suas pescarias só para escutar o silêncio de Uaçá. Era a brincadeira preferida dela desde os cinco anos de idade quando ela aprendeu a escutar o silêncio através desse rio e, desde então, se tornou a melhor amiga de Uaçá. Eram tão íntimos que só de vê-lo ela sentia se ele estava bravo, manso ou arredio.
Ainda no primeiro capítulo: Aiyra aprende que todos nós somos parte da natureza, e que ela é a nossa amiga; aprendeu também sobre os costumes das mulheres da sua nação indígena Zo’é, sobre a sabedoria ancestral e os ensinamentos do Cacique Ajuricaba, homem mais velho e por isso o mais respeitado da sua nação. Aiyra também teve que aprender a lidar com algumas decepções e com uma dor até então desconhecida, o racismo estrutural, que aos oito anos de idade roubou um pedaço de sua infância; uma vez que na vida teremos uma única oportunidade para sermos crianças, e, como adultos, teremos o resto da nossa existência. Além disso, o racismo que ela sofreu também abriu uma grande ferida em seu Coração. Isso a fez questionar: - “por que não posso ser quem eu sou neste mundo?”
Após essa sua longa reflexão, ela também fez mais um grande amigo, o Arthur, que compartilha a sua maior dor com ela: a descriminação que ele e a sua família sofrem por terem uma mãe com diagnóstico bipolar. Segundo o Arthur, eles nem sequer eram convidados para as festas que aconteciam entre os seus familiares mais próximos por medo do surto. E, ao ouvir aquilo, Aiyra acolhe o amigo e diz que ser bipolar é só um detalhe, pois a mãe dele é incrível, como ele mesmo disse, e que as pessoas deveriam amar uns aos outros, apesar das diferenças, porque feio é o preconceito social que faz ele sofrer bem mais do que o próprio diagnóstico de sua mãe.
No segundo capítulo, “A Maratona do Tempo”, no subcapítulo “O tempo não parava de passar...” O irmão de Aiyra, Cauê, chega ao mundo nas mãos da parteira mais experiente de toda a “Zo’é”, a mesma que colocou a mãe dele, Anahi, neste mundo, Aiyra e todas as mulheres da aldeia, a dona Iracema.
“Quatro anos se passaram...” Aiyra, agora aos doze anos, decide construir uma canoa para si, porque ela só queria se juntar ao seu amigo Uaçá para se aventurar. Será que era apenas uma rebeldia de adolescente? As pessoas se perguntavam. O que será que aconteceu depois disso?
Leia essa história até o final e descubra, você irá se surpreender!
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THAÍS ALESSANDRA
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