segunda-feira, 7 de maio de 2012

A imagem nossa de cada dia


por Natália Costa

Olá! Esta é minha primeira vez no Coletivo Cirandar, e pensei: falar de que? Lembrei-me de um livro que li logo depois de me graduar, sobre crise de imagem - logo eu, que nunca tinha pensado em trabalhar com assessoria de imprensa! Pois é... Não é que até me descobri assessora, também? Afinal, toda pessoa e marca têm esta preocupação e, mais que isso, esta necessidade: cuidar da imagem. Foi atuando que percebi que o trabalho desenvolvido com uma empresa ou pessoa é também uma ferramenta de seu marketing, seja pessoal ou profissional. Vamos lá...

Colocando em prática as aulas de “Jornalismo Organizacional” pude compreender o que pode vir a ser um dos maiores desafios da comunicação, em minha opinião: o gerenciamento de uma crise de imagem. Em “Comunicação em Tempos de Crise”, o jornalista João José Forni afirma que, na maioria das vezes, a comunicação só é acionada quando o estrago já está feito.

Um exemplo pode ilustrar bem esse comportamento – reativo e não preventivo – e foi matéria especial de uma publicação mineira há algum tempo. Com o título “Imagem distorcida” (Revista Viver Brasil, edição 56), a matéria analisa como marcas fortes e consolidadas podem ter sua credibilidade abalada e/ou mesmo destruída a partir de uma crise. Neste momento, cabe ao trabalho de uma assessoria bem executada “resgatar” seu cliente e conduzi-lo novamente por “águas mais tranqüilas”!
Antes de ler essa matéria - ilustrada com o caso da venda de óculos falsificados por uma tradicional empresa do ramo em Minas Gerais – o livro a que me referi foi que me despertou e ensinou um pouco mais sobre o tema. Vale a pena tê-lo como referência: “A era do escândalo”, de Mário Rosa. Nele, o jornalista recomenda que a melhor atitude numa crise de imagem é a transparência. Explicar realmente o que está acontecendo ou aconteceu, deixar todas as informações disponíveis para o cliente/público é um dos caminhos para conservar e até recuperar a credibilidade.
Em dez casos, selecionados pelo autor e relatados por seus protagonistas, pode-se ter um guia que ajuda a nortear a comunicação nestes momentos. Como tudo aconteceu, quais as atitudes tomadas em cada caso, os resultados obtidos, enfim, um “manual de sobrevivência” essencial a todos que se interessam e trabalham nessa área.
A partir desses exemplos, pode-se perceber como a comunicação engloba muitos aspectos por vezes desprezados, ou então tratados sem o devido cuidado e profissionalismo. No que se refere ao marketing de uma pessoa ou marca, os aspectos têm que estar interligados e afinados, para que sua imagem não seja abalada. E, se acontecer, reconhecer as falhas e tratá-las de forma a evitá-las posteriormente. Em todo caso, transparência é fundamental, como já citado.
O assunto é vasto e poderia ser largamente debatido aqui. Mas como não sou especialista no assunto, prefiro deixar este breve texto como estímulo à troca de experiências entre todos os profissionais de comunicação e áreas afins. Espero que as indicações possam ser úteis e suscitem novos temas. 

Um abraço e até a próxima!


Natália Costa
                                                                                            Jornalista e colunista do Coletivo Cirandar.




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